Novo ministro do Turismo diz que recebeu convite 'assustadíssimo'


O novo ministro do Turismo, Gastão Vieira, disse nesta sexta-feira (16), durante cerimônia de posse, que recebeu o convite para o cargo “assustadíssimo” e que estava com “tanto medo” que nem se quisesse recusaria o cargo.
“Eu, assustadíssmo, recebi convite para fazer parte do seu governo. Eu estava com tanto medo que nem se eu quisesse eu podia dizer não para a senhora’’, afirmou Vieira.
Gastão agradeceu à presidente Dilma Rousseff pelo convite para assumir o Ministério do Turismo e também ao PMDB, seu partido. ‘’Tenho noção do tamanho da missão que estou abraçando. Muito me sinto honrado e agradecido pelo reconhecimento que tive bem como a confiança por mim depositada pela senhora, pelo meu partido que se uniu no momento da decisão e manifestou a este seu membro, de cinco mandatos, a confiança que eu representaria bem no seu governo’’, disse.
Ligado à família Sarney, o novo ministro fez referências ao presidente do Senado, José Sarney, presente ao evento, à sua filha, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney e ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, também do estado.
Pedindo permissão a Sarney, Gastão citou padre Antonio Vieira para abrir seu discurso: “Só exisitimos quando fazemos. No dia em que não fazemos, apenas duramos”, disse.
Ao final do discurso, o novo titular do Turismo disse que todos os seus medos foram acalmados pela emoção.
A posse de Vieira foi fechada à imprensa. De acordo com de Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), “não houve tempo” para organizar um evento espaço amplo e com muitos convidados. A cerimônia ocorreu na Sala de Audiências, próxima ao gabinete
Ao tomar posse como ministro, Gastão Vieira deve comunicar ainda nesta sexta seu pedido de licença da Câmara. O deputado federal Costa Ferreira (PSC-MA), segundo suplente da coligação, assumirá sua vaga na Casa.
Troca de comando
O ex-ministro do Turismo, Pedro Novais, pediu demissão à presidente Dilma na última quarta-feira (14), após denúncias de irregularidades no uso de verbas oficiais quando exercia o mandato de deputado.
Com a saída de Novais, são quatro os ministros que deixaram o governo sob denúncias de irregularidades após quase nove meses do mandato da presidente Dilma Rousseff.
Antes dele, pediram demissão Antonio Palocci (Casa Civil), por suposto enriquecimento ilícito; Alfredo Nascimento (Transportes), após suspeitas de superfaturamento em obras de rodovias; e Wagner Rossi (Agricultura), que usou jatinho de uma empresa privada que tinha contratos com o ministério. Nelson Jobim saiu da Defesa após a crise política motivada por declarações – que ele nega ter dado – de que as colegas de ministério Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil) eram “fraquinhas".
Novais retomará seu mandato na Câmara dos Deputados, do qual havia se licenciado para comandar o Ministério do Turismo.