O governo de Israel publicou neste domingo (16) os nomes dos prisioneiros palestinos que serão libertados em troca do soldado Gilad Shalit como parte de um acordo feito com o Hamas. Inicialmente, serão libertados 477 presos, 450 homens e 27 mulheres. Outros 550 serão soltos em cerca de dois meses.
Associações de vítimas do terrorismo têm 48 horas para contestar a medida na Corte Suprema do Estado judaico. Muitos dos prisioneiros foram condenados à morte. A corte não deve intervir já que o acordo foi aprovado na terça-feira (11) pela grande maioria do governo.
Os prisioneiros, divididos em 11 prisões israelenses, começaram na manhã deste domingo a ficarem concentrados em dois centros de detenção. Para a prisão de Ketziot Prison (sul do país), serão enviados os 450 homens; e para a de Sharon (centro do país), as 27 mulheres.
Entre os prisioneiros está Nasser Yataima, cérebro do ataque suicida contra o Hotel Park de Netanya no qual morreram 30 civis; Chris al-Bandak, detido por assassinar dois israelenses e ferir outro gravemente, e Musab Hashlemon, condenado a 17 penas de prisão perpétua por enviar dois terroristas suicidas contra um ônibus em Beersheba, num atentado que matou 16 civis em 2004.
Mohammed Al-Sharatha, líder da força de elite do Hamas chamada de "101" que sequestrou e matou dois soldados israelenses em 1989. Sharatha foi preso no mesmo ano e condenado a três prisões perpétuas.
Até que a troca seja efetivada, possivelmente na terça-feira (18), o Ministério da Justiça manterá aberto um centro de informações para atender às solicitações de dados sobre os presos.
Shalit foi capturado em junho de 2006 por militantes palestinos que entraram em Israel pela Faixa de Gaza. Ele está detido em território do Hamas desde então.
