Criança de 1 ano e 4 meses está com suspeita de paralisia pós-vacinal


ma criança de 1 ano e 4 meses está com suspeita de paralisia pós-vacinal em Pouso Alegre. A mãe diz que depois de ter tomado uma das doses da vacina contra a poliomielite, o menino começou a apresentar os sintomas. O caso foi diagnosticado em março deste ano pelo neuropediatra da cidade, Walter Luiz Magalhães Fernandes, mas o Ministério da Saúde só recebeu o comunicado oficial das autoridades do município na última semana. O documento chegou a Brasília na última sexta-feira (26), cinco meses depois que o médico que atendeu o menino ter avisado a Secretaria Municipal de Saúde. Para o órgão, o município de Pouso Alegre descumpriu as normas para esse tipo de caso e deveria ter feito a notificação imediatamente.
Segundo a mãe da criança, Sidnéia Branco Teixeira, o menino começou a apresentar os sintomas dias depois de tomar a vacina. "Depois que ele tomou essa vacina, passou uma semana ele teve uma febre. Passaram mais 14, 15 dias e as perninhas dele paralisaram. Como eu nunca tinha visto uma coisa dessas, pensei que era uma coisa normal de criança. Mas com o passar do tempo, levei em uma pediatra e ela confirmou que realmente as perninhas não se firmavam mais como antes", disse a mãe.
Os exames da criança ainda não são conclusivos. Segundo o secretário de Vigilância do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, a possibilidade de reação à vacina contra a poliomielite é raríssima. De acordo com o órgão, nos últimos 10 anos foram confirmados 46 casos de pólio pós-vacinal no país. No mesmo período, foram aplicadas mais de 457 milhões de vacinas. Segundo o secretário, esse número está dentro da média mundial. A probabilidade é de um caso a cada 3,2 milhões de doses aplicadas. "A incidência é raríssima. É muito melhor vacinar porque sem a vacina, a chance passa a ser de um caso de paralisia flácido aguda grave para cada 250 crianças que tiverem contato com o vírus. Antes da vacinação, nós tínhamos 2 mil casos graves de paralisia e grande parte levava à morte", afirma o secretário.
Nenhum representante da Secretaria Municipal de Saúde de Pouso Alegre e da Gerência Regional de Saúde quis falar sobre o assunto. Em nota oficial enviada à EPTV, a assessoria de comunicação da Prefeitura de Pouso Alegre informou que "Assim que a Secretaria de Saúde tomou conhecimento dos fatos relacionados à reação adversa apresentada pela criança tomou prontamente todas as medidas cabíveis".
Sinais
Os primeiros sinais da doença foram percebidos pela família da criança em novembro do ano passado. Em março, o médico neuropediatra Walter Luiz Magalhães diagnosticou na criança sintomas de paralisia do tipo arreflexa flácida, que também pode ser causada pelo vírus da poliomielite, presente na vacina. O menino Octávio tomou todas as doses recomendadas para a idade dele. Segundo a mãe da criança, Sidnéia Branco Teixeira, o menino começou a apresentar os sintomas dias depois de tomar a vacina.
"Depois que ele tomou essa vacina, passou uma semana ele teve uma febre. Passaram mais 14, 15 dias e as perninhas dele paralisaram. Como eu nunca tinha visto uma coisa dessas, pensei que era uma coisa normal de criança. Mas com o passar do tempo, levei em uma pediatra e ela confirmou que realmente as perninhas não se firmavam mais como antes", disse a mãe.
Casos no Brasil
De acordo com o Ministério da Saúde, os últimos casos de poliomielite nas Américas ocorreram no Brasil em 1989 e no Peru em 1991. Atualmente, ainda há circulação de poliovírus em alguns países da África e Sudeste Asiático. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2007 foram confirmados 1.315 casos da doença. Destes 1.208 (92,0%), estão concentrados em países considerados endêmicos, destacando-se: Índia, Nigéria, Paquistão e Afeganistão.