O número de adolescentes entre 15 e 19 anos grávidas na região de Campinas caiu 31% em nove anos, de acordo com o balanço da Fundação Sistema Estadual da de Análise de Dados (Sead) da Secretaria de Estado da Saúde. Além disso, a pesquisa mostra queda nas gestações e maior incidência entre as idades de 20 e 29 anos.
No Estado, em 1998 foram 148.018 casos de gravidez na adolescência. Já em 2009, último dado consolidado, esse número caiu para 92.812 ocorrências. Os números da pesquisa indicam que a queda anual tem sido constante. Para a região região administrativa de Campinas, que envolve 90 cidades, os dados foram feitos de acordo com as estatísticas com grupos de cada mil nascimentos.
A cada mil nascimentos em 2000, 73 foram de mães entre 15 a 19 anos, nova anos depois a estatísitca caiu para 50,3. Nas idades entre 20 e 24 anos, foram 111 nascimentos por mil, e em 2009 caíram para 80. As mulheres de 30 a 34 foram 67,9, passando para 63,1, no último balanço.
A idade média da fecundidade aumentou na região de Campinas, de 25,5 anos, em 2000, para 27,3 anos, em 2009. Na faixa etária de 30 a 34 anos, foi registrado o menor percentual de variação com queda de 7,1% em 2009.
A proporção de mães com menos de 20 anos, em 2009, diminuiu em relação à observada no início da década. Em 2000, elas representavam quase 20% do total, enquanto no último ano reduziram-se a pouco mais de 15,2%.
De acordo com a demógrafa da Seade Lúcia Yzaki, o comportamento reprodutivo atual é diferente do observado em outros anos, quando o período em que as mulheres tinham filhos e o número deles eram maiores. “O que vemos é uma as mulheres têm menos filhos e mais tardiamente, exercendo maior controle para limitar o número de gestações”, afirma.