Após ter corrido risco de morte por uma infecção bacteriana nos seios no ano passado, a modelo brasileira Sheyla Almeida Hershey, de 32 anos, vai reimplantar as próteses de silicone que lhe deram o título de mulher com os maiores seios do mundo.
“Eu nunca vou ficar melhor sem as próteses. São parte de mim. Enquanto não colocar, não vou me recuperar”, contou a brasileira de Houston, no Texas, onde vive desde 2002.
Há pouco mais de um ano, em entrevista ao G1, Sheyla havia dito que caso precisasse retirar as próteses de 3,5 litros por questões de saúde, não faria novas cirurgias plásticas. No entanto, após se ver sem os seios que lhe deram fama, a modelo conta que não suportou. Deprimida, tomou uma overdose de medicamentos que a fez ficar quatro dias em coma.
“Fiz muito tratamento psiquiátrico. Hoje, aceito a situação melhor”, disse.
Segundo a brasileira, a nova cirurgia, marcada para 20 de setembro, será realizada no México, já que o tamanho da prótese ultrapassa os limites da legislação americana e médicos brasileiros se recusaram a operá-la novamente. Desde os 20 anos, quando fez a primeira operação, já foram mais de 20 cirurgias plásticas, nove delas para aumentar os seios.
Logo após o último implante, ocorrido em junho no Brasil, ela atingiu a marca de 3,5 litros em cada seio, estabelecendo a marca registrada pelo Guinness Book, o livro dos recordes. O título, segundo a modelo, não foi perdido com a retirada das próteses.
“Não perdi o recorde, continua meu. Quando recolocar [as próteses], vou ligar para o pessoal de Londres. Mesmo se eu não quiser ter mais a prótese, fica sendo meu até que uma outra pessoa consiga bater”, diz.
Sheyla diz que a operação não foi recomendada pela médica, que não dá garantias de que uma nova infecção possa acontecer. O marido, o engenheiro americano Derek Hershey, com quem ela tem dois filhos, e a mãe, que vive no Brasil, temem pela nova cirurgia, diz ela.
“Meu marido agora fica com medo, ele passou por todo processo da minha infecção. Minha mãe também está com muito medo, pede para não colocar o mesmo tamanho que estava antes. Mas é melhor eu colocar o que estava antes do que um menor e em seis meses eu querer aumentar novamente. Quando eu quero uma coisa, tem que ser o que eu quero”, afirma.
A operação será possível, segundo Sheyla, porque as próteses foram preservadas e ela evitou fazer uma operação de mastectomia [retirada total dos seios], mantendo a pele para implantação do silicone. “Parece um filme de terror”, brinca.
RealityAo G1, a modelo também revelou ter fechado um contrato para gravar um reality show sobre pessoas que vão além dos limites com cirurgias plásticas para o canal de TV a cabo da apresentadora Oprah Winfrey, OWN.
“Vamos começar a gravar na semana que vem, comigo sem os seios. Eles vão acompanhar minha cirurgia no México, depois minha ida ao Brasil e vamos continuar gravando por quatro meses. Vai ser exibido em fevereiro do ano que vem”, diz.