Comissão do Vaticano aprova milagre atribuído à Nhá Chica


Uma comissão formada por médicos do Vaticano estudou e aprovou o milagre atribuído à Venerável Francisca de Paula de Jesus, Nhá Chica. Segundo o postulador da causa de beatificação, Paolo Vilota, os sete médicos chegaram à conclusão que a cura não tem explicação científica.
A cura aceita pela Comissão de Médicos do Vaticano, que deu início ao processo de Beatificação de Nhá Chica, refere-se a uma professora aposentada de Caxambu (MG), que pediu a intercessão da Venerável e teve resolvido, sem necessitar de cirurgia, um problema congênito muito grave no coração. O fato se deu em 1995 e, desde então, a aposentada faz exames regulares comprovando que o problema jamais voltou.
Ana Lúcia Meirelles Leite, 65 descobriu que tinha um defeito congênito no coração quando foi submetida a exames médicos, logo após uma isquemia, em julho daquele ano. Na véspera da cirurgia, a professora foi acometida de uma febre muito alta, que a impediu de realizar a operação, que foi marcada para uma nova data. Ao fazer a cirurgia, o médico constatou que a abertura no coração havia fechado, sem necessidade de cirurgia. Médicos de Baependi, Pouso Alegre, Belo Horizonte e São Paulo deram testemunho de que a medicina não explicava o acontecido, que não havia possibilidade de cura sem a cirurgia.
No dia 8 de junho de 2010, no Vaticano, uma Comissão de Cardeais deu parecer favorável às virtudes da Serva de Deus Nhá Chica, e no dia 14 de janeiro de 2011, Papa Bento XVI aprovou as suas virtudes heroicas: castidade, obediência, fé, pobreza, esperança, caridade, fortaleza, prudência, temperança, justiça e humildade.
Agora, a conclusão dos médicos passará por uma comissão de cardeais e bispos. Havendo confirmação, o Papa Bento XVI deverá assinar o decreto de beatificação.