Adriana Canguçu e Victor Toro foram anunciados como diretora administrativa e regente titular da Orquestra Sinfônica de Campinas (OSMC) na tarde desta terça-feira (20). O nome de Toro, que assume também a diretoria artística, já havia sido adiantado pela reportagem do EP Campinas. Eles substituem Arthur Achilles e Parcival Módolo, respectivamente. A OSMC ficou 42 dias sem direção. A nova diretora é advogada e empresária, além de trabalhar com produção cultural. Atuou de 2006 a 2011 como produtora executiva na CPFL Cultura, em Campinas e São Paulo. Foi responsável pela série 2008/2009 do Concertos de Música Erudita Contemporânea do espaço.
Antes mesmo de assumir a batuta, Victor Toro, em entrevista concedida com exclusividade ao EP Campinas em 14 de setembro, já tinha traçado na mente três diretrizes para tratar na OSMC. Para começar, iniciaria um resgate pelas partituras de Carlos Gomes. Aliás, tem experiência herdada pelos anos de labuta na Osesp. "Seria um trabalho a longo prazo que começaria por Campinas. Além de restaurar, digitalizar e editar todas as partituras das óperas de Carlos Gomes; montaríamos estas obras nas casas de óperas do País", conta.
Em paralelo, estabeleceria um contato maior entre a orquestra e a comunidade ("É essencial este vínculo. Música clássica perdeu faz tempo o caráter elitista. Precisamos envolver o público") e enfatizaria a dosagem de tradicional e contemporâneo nos programas. "As peças clássicas são importantes, como também são as peças desconhecidas, as contemporâneas e as brasileiras"
