O arcebispo metropolitano de Campinas, Dom Bruno Gamberini, que morreu na tarde de domingo (28) no Hospital Bandeirantes, em São Paulo, dedicou boa parte de sua vida à igreja de São Carlos.
Nascido em Matão em 16 de julho de 1950, Dom Bruno entrou para o seminário em São Carlos aos 14 anos. Ele cursou filosofia e depois estudou teologia em Curitiba. Foi ordenado padre em 1973 e trabalhou na diocese de São Carlos até ser ordenado bispo, em 1995. Também foi reitor do seminário diocesano e pároco da catedral.
Ele estava à frente da arquidiocese de Campinas desde agosto de 2004, quando substituiu Dom Gilberto Pereira Lopes. Dom Bruno era conhecido por ser acolhedor e pelas palavras que, segundo ele, surgiram da experiência e vontade de fazer o bem.
Morte
Dom Bruno morreu às 15h do domingo, aos 61 anos, no Hospital Bandeirantes em São Paulo, em decorrência de falência de múltiplos órgãos. O religioso sofria de problemas renais e foi internado na terça-feira (28) no Hospital Celso Pierro, da PUC-Campinas, após uma hemorragia digestiva alta. Durante a semana ele teve uma crise convulsiva. Na sexta-feira (26), ele foi transferido para o hospital na capital paulista para ter acompanhamento de médicos especialistas em doenças do rim.
Adeus
Amigos da época do pároco em São Carlos foram ao velório de Dom Bruno na manhã desta segunda-feira (29), na Catedral Metropolitana de Campinas. Sentada ao lado do caixão e muito emocionada, Lucila Castral, de 77 anos, lembrou com carinho do arcebispo. “Ele foi mais que um irmão para mim. Durante o velório do meu marido, ele ficou ao meu lado, velando o corpo do começo ao fim”.
O corpo de Dom Bruno será sepultado na terça-feira (30), na cripta da igreja.
A assessoria de imprensa da catedral explicou que agora um colegiado formado por sete padres tem uma semana para escolher um padre administrativo até que o papa Bento XVI nomeie um novo arcebispo. Não existe um prazo para esta nomeação.