Câmara volta do recesso em agosto decisivo para Campinas

Os vereadores voltam do recesso nesta segunda-feira (1º) para um mês decisivo para o futuro político de Campinas. Um dos itens da pauta desta primeira sessão ordinária é mais um pedido para o afastamento temporário do prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), enquanto durarem os trabalhos da Comissão Processante (CP) que analisa seu impeachment. Mas os vereadores decidem ainda na tarde de segunda se é conveniente ou não levar o pedido à votação.
O inadiável para o mês de agosto, segundo o próprio presidente da CP, Rafa Zimbaldi (PP), é o relatório final das investigações, que pode indicar a cassação de Dr. Hélio. O prazo de três meses termina no dia 28. No âmbito político, será o desfecho do escândalo que minou a administração municipal e que teve início no dia 20 de maio, quando o Ministério Público e a Corregedoria da Polícia Civil cumpriram mandados de prisão contra empresários e integrantes do primeiro escalão do governo, acusados de fraudes em contratos públicos.
Caso seja apontado como responsável pela rede de corrupção dos seus subordinados, o prefeito perde o mandado se o relatório da CP for aprovado por 22 dos 33 vereadores, ou 2/3 da Casa. O desgaste político com as denúncias reduziu de 23 para 16 o número de vereadores da base aliada do prefeito. No período de um mês, quatro dos nove partidos da situação passaram para o outro lado.
Defesa
Nesta segunda-feira vence também o prazo para os advogados do prefeito apresentarem formalmente a defesa dele à Comissão Processante. A partir daí, os três integrantes da CP começam a trabalhar no relatório final. O prazo de cinco dias foi dado após a tomada dos depoimentos de acusação e defesa pela comissão. Entre eles, o do ex-presidente da Sanasa e delator do esquema de corrupção, Luiz de Aquino, e do próprio prefeito, que negou saber de irregularidades no seu governo.